KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
Em junho do ano passado, Cuiabá estava em clima de grande expectativa para o primeiro de quatro jogos da Copa do Mundo, marcado para o dia 13.
A disputa Chile e Austrália estava prestes a abrir o mundial na cidade.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Um ano depois, dos 32 contratos assinados entre a extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e as empresas, somente três deles foram conclusos
Na corrida contra o tempo, até um dia antes da partida, ainda havia entulhos de construção civil no entorno da Arena Pantanal, que sediou as disputas do mundial.
Algumas obras de mobilidade urbana foram sendo liberadas parcialmente, enquanto os chilenos já tomavam as ruas de Cuiabá com seu grito que virou mania: “chi chi chi lê lê lê”.
Um ano depois, dos 32 contratos assinados entre a extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e as empresas, somente três deles foram conclusos, ou seja, as obras previstas neles estão prontas e formalmente recebidas.
As obras de nove contratos também estão conclusas, mas ainda não foram recebidas formalmente pelo governo do Estado, que, para dar um ok final, verifica se o projeto foi devidamente cumprido.
Isso quer dizer que estão em andamento, ou paradas as obras previstas em 20 contratos da Copa.
Um deles é o contato do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), de R$ 1,7 bilhão. Sem chegar a um acordo sobre como tocar o vultuoso modal, governo e o Consórcio responsável pela instalação buscam a conciliação na Justiça. Em audiência no dia 7 de abril, a juíza Vanessa Gasques, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, deu prazo de 75 dias para as partes apresentarem propostas. A intenção da juíza, que no dia da primeira audiência disse ter esperança em um acordo, é favorecer a população.
Por enquanto, a previsão é de que antes de 2018 o VLT não circule. Isso sem levar em consideração que o governo do Estado ainda faz um levantamento de viabilidade do modal, podendo recuar da intenção de finalizá-lo.
A Arena Pantanal está quase pronta, mas o governo e a Mendes Júnior, que é a construtora responsável pelo empreendimento, também não se acertam.
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Cidades (Secid), o que falta para a Arena ser entregue são reformas, para reverter problemas detectados, como o alagamento no subsolo.
A Secid administrará a Arena este ano e só depois de tudo isso resolvido é que a gestão deste espaço de múltiplo uso pode ou não ser terceirizada.
Quanto às cadeiras esportivas da Kango, colocadas nos últimos dias antes da primeira partida da Copa, todas foram instaladas.
O Consórcio CLE responsável pela tecnológica interna e rede elétrica é que ainda não finalizou os trabalhos e está responsável inclusive pela manutenção do sistema.
Já está certo que a Secid administrará a Arena este ano e só depois de tudo isso resolvido é que a gestão deste espaço de múltiplo uso pode ou não ser terceirizada.
Das obras de mobilidade urbana, o governo anunciou mês passado que finalizará 13 este ano e quatro ano que vem, fechando as 17 previstas para que o turista não encontrasse, ano passado, um caos no trânsito na capital.
Os dois Centro de Treinamento Olímpico (COTs) - na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e no Pari - que também não foram concluídos não são prioridade para o governo e ainda não há uma previsão de conclusão. O COT da UFMT chegou a ser utilizado pela equipe do Japão para treino. A situação do Pari está mais atrasada ainda, conforme a Secid.
Nenhum dos gestores ou empresas responsáveis pelos atrasos e outras irregulidades apontadas até agora já foi responsabilizado.
O 
tentou falar com o secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, para saber como o governo atual avalia essa situação de pendência, mas ele está viajando, nesta-segunda-feira (8), e, por isso, não atendeu o celular.
