DA REDAÇÃO
O grupo liderado pelo ex-secretário municipal de Saúde Huark Douglas Correia estaria coagindo testemunhas de interesse da Defaz para apurar fraudes em contratos das empresas Qualycare Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar Ltda, Sociedade Matogrossense de Assistência em Medicina Interna Ltda – EPP (Proclin) e Prox Participações com o Poder Público.
A informação foi dada pelo delegado Lindomar Tofoli, um dos que está à frente das investigações da Operação Sangria.
“No transcorrer das investigações para apurar a participação e a responsabilização do Huark nessa situação, a gente começou a receber a informação de que provas estavam sendo ocultadas, destruídas, estavam sendo coagidas testemunhas... [havia] interferência dentro da secretaria, mesmo depois de o Huark ter saído da função de secretário municipal de Saúde”, disse o delegado.
“Então, isso caracteriza crime de obstrução à Justiça, praticado por uma organização criminosa. Por esse motivo nós representamos pela prisão preventiva das pessoas que, de alguma forma, nessa fase da investigação estavam tumultuando e causando transtornos para a investigação da polícia”, continuou.
De acordo com o delegado, o grupo teria começado a destruir provas dos crimes a partir do momento em que a Câmara Municipal de Cuiabá instaurou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em junho deste ano. A CPI foi concluída e as provas enviadas à Defaz, entre outros órgãos de fiscalização.